domingo, 11 de maio de 2014

ORIGEM DOS TERREMOTOS NO CHILE, JAPÃO E CALIFÓRNIA por Vitória Appel

Origem dos terremotos no Chile

O Chile é uma das regiões do mundo que apresentam os maiores índices de ocorrência de terremotos, tendo sido impactado com alguns dos maiores tremores já registrados na história, o que revela o quanto esse problema é dramático nesse país.
Mas por que existem tantos terremotos no Chile?
O Chile encontra-se em uma região de elevada instabilidade geológica, propiciada pelo choque direto entre duas placas tectônicas: a de Nazca, posicionada sob o Oceano Pacífico, e a Sul-americana, posicionada na América do Sul. Não por acaso, além de abrigar terremotos, a região conta com cadeias montanhosas e atividades vulcânicas que, assim como os abalos sísmicos, são consequências da dinâmica da litosfera local.
A Placa de Nazca é geologicamente mais pesada do que a Placa Sul-americana, com isso, quando as duas se encontram, a primeira afunda e a segunda emerge. Em diversos pontos desse encontro, acumula-se energia em função do acúmulo de forças entre os dois lados. É como se, em algum momento, o movimento de uma placa sobre a outra ficasse “travado”, mas como a força continua sendo exercida, chega-se a um ponto em que a resistência das rochas não aguenta segurar esse “travamento” e acontece uma reacomodação, causando os terremotos.
Dessa forma, é preciso ressaltar que, quanto maior for o tempo dessa tensão entre as placas e maior a força aplicada de uma sobre a outra, mais fortes serão os terremotos. Recentemente, no mês de abril de 2014, dois terremotos ocorreram na cidade de Iquique, no norte do Chile, onde foi liberada uma tensão entre as rochas subterrâneas que, segundo geólogos, estava se acumulado há mais de 130 anos.
Portanto, os dois principais tremores atingiram, respectivamente, 7,8º e 8,2º na Escala Richter, um índice utilizado para medir a intensidade dos terremotos que vai de 1 a 10.
Quando os abalos sísmicos ocorrem em regiões oceânicas, sobretudo em áreas próximas ao litoral, existe o risco de haver tsunamis. Eles ocorrem por que os tremores no solo oceânico geram fortes ondas, que possuem a capacidade de invadir e varrer os litorais continentais por onde passam.

O maior terremoto da história também ocorreu no Chile, na cidade de Valdívia, em 1960. Nessa ocasião, a intensidade alcançou os 9,5º Richter, perfazendo um total de 2000 mortos, em uma das maiores catástrofes naturais da história da humanidade.

Origem dos terremotos no Japão

Situado no continente asiático, o Japão ocupa uma área de 377.801 quilômetros quadrados e abriga uma população de aproximadamente 126,9 milhões de pessoas. Seu território está localizado em uma das áreas mais sísmicas do planeta (no limite da placa tectônica Euroasiática), numa zona de convergência de placas tectônicas, denominada “Círculo do Fogo do Oceano Pacífico”.
Essa instabilidade tectônica é consequência de uma zona de convergência que envolve as placas do Pacífico, Euroasiática Oriental, Norte-Americana e das Filipinas. O encontro desses blocos que compõem a camada sólida externa da Terra é responsável por constantes terremotos, tsunamis, além de intensa atividade vulcânica na região.
Portanto, os terremotos e tsunamis são fenômenos relativamente comuns no Japão – dois em cada dez terremotos no mundo com magnitude superior a 6 graus na escala Richter atingem o país. Um dos piores desastres ocorreu em 1923, quando um tremor de magnitude de 8,1 graus atingiu a Região Metropolitana de Tóquio, provocando a morte de mais de 3 mil pessoas.

Origem dos terremotos na Califórnia

Quem tem pavor de terremoto deve evitar a Califórnia. O reduto do cinema, dos místicos e da indústria dos chips está situada bem na fronteira entre duas placas tectônicas, a do Pacífico e a Norte-Americana. O ponto de encontro entre as placas já virou atração turística. É a Falha de San Andreas, uma espécie de cicatriz que se estende por 1 350 quilômetros. Toda vez que a falha se mexe, o chão balança.
O que os moradores da Califórnia mais temem é o grande terremoto, apelidado de Big One, que, segundo os sismólogos, arrasará a região nos próximos vinte anos. O Big One será bem mais violento do que o terremoto que destruiu boa parte de San Francisco, em 1906. Milhões de dólares são investidos a cada ano em obras de prevenção. Mas a natureza é caprichosa. Com todos os cuidados, em 1989, um tremor de média intensidade virou uma tragédia que matou 250 pessoas em San Francisco.



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